Depressão – Visão Energética e Espiritual

Por Dr. Ricardo Di Bernardi   -  www.icefaovivo.com.br

Nossa abordagem sobre “depressão” considerará os conhecimentos sobre a vida espiritual, o intercâmbio com a dimensão extrafísica e os registros que cada pessoa traz das experiências de vidas pregressas. Não se trata aqui de crença ou fé, mas de estudo e vivência desses aspectos tanto na nossa vida profissional médica como de estudioso e pesquisador espírita.

A depressão costuma ter uma raiz psicológica, a insatisfação consigo mesmo. Insatisfação não solucionada que leva a uma frustração progressiva. Frequentemente, desejos ou necessidades pessoais – tanto reais como imaginárias -  não são atendidas, gerando melancolia crescente e progressivo desinteresse pela vida. Esses sintomas psicológicos provém da alma e acabam determinando uma sensação ou desejo de fuga do mundo que lhe é hostil.

Uma causa, não rara, de processo depressivo tem como origem as disfunções sexuais – tanto orgânicas como psicológicas.  Muitas vezes, a mídia apresenta-nos padrões fora da realidade ou quase inatingíveis de exacerbação dos estímulos e prazeres que acabam determinando medo às pessoas e, logo após, revolta pelo orgulho ferido ao se notar incapaz de seguir os modelos da mídia, e, na sequência, passando a ter desinteresse progressivo, seja na questão sexual, seja com relação a outros estímulos e prazeres da vida.

O fenômeno psicológico do luto pela perda é outro fator frequente no desencadear do processo depressivo.  Pode tratar-se de luto pela perda tanto de um ser amado, como de valores diversos ou mesmo queda social ou de posições de qualquer natureza, enfim, algo que se reveste de importância para o indivíduo. Embora o “luto “seja normal, digamos durante seis a oito semanas, o aumento e prolongamento dessa postura psíquica passará a se tornar uma porta perigosa para as dependências da depressão.

O remorso e a culpa podem ser causa de depressão. Herdamos da idade medieval, na nossa cultura judaico-cristã, o arquétipo da culpa e da necessidade de punição, o que é um erro grave, pois ao invés de culpar-nos deveríamos ocuparmo-nos com o trabalho regenerativo. Ensinam-nos, os Espíritos de Luz, que ao invés de abrirmos a porta da dor no resgate, devemos abrir a porta do labor e do amor. Não sofrer passivamente, estacionando na culpa, mas tomar uma atitude proativa: construindo e amando.

Acidentes, com grave traumatismo craniano, podem ser, também, causa desencadeante de depressão. O trauma pode determinar lesões neuronais com desequilíbrio dos níveis de serotonina e noradrenalina levando a manifestações depressivas, quando já existem predisposições psíquicas na pessoa em questão. Predisposições estas que refletem características perispirituais do Ser.

A Gestação, quando plenificada por pensamentos e sentimentos tristes e  psiquicamente dolorosos, oriundos do psiquismo materno, pode ser outra causa desencadeante de postura depressiva, em geral já inserida nos recônditos da alma do indivíduo que traz no corpo emocional ( perispírito) traumas do passado ainda não resolvidos.

Cogita-se modernamente em predisposições hereditárias à depressão,  o que em parte é real, no entanto, sabemos que cada gene herdado será potencializado ou inibido pelas energias irradiadas do perispírito ou corpo astral, não é, portanto,  a genética um fator determinante.

Trazemos arquivos ou arquétipos de vidas anteriores que, no tema em questão, podem ser fatores predisponentes à depressão, mas que devem ser corretamente  tratados e, portanto, amenizados ou solucionados.

Com relação ao processo obsessivo que muitas vezes é responsabilizado pela depressão, lembramos que os espíritos obsessores costumam ser Entidades com um passado comum com a pretensa “vítima“ de hoje, cujas atitudes, pensamentos ou posturas atuais geram energias que  atraem por sintonia vibratória  seus desafetos do passado. Muitas vezes o uso de drogas ou expansões de consciência mal conduzidas, por exemplo, através de substâncias que se apresentam como inocentes chás, podem ser fator desencadeante dessas expansões desordenadas.

A mediunidade mal orientada ou equivocadamente utilizada por falta de estudo e vivência espírita, pode ser geradora de quadro depressivo. Os pensamentos tristes, queixosos, inconformistas e outros do gênero, podem ser estimulados pelo Espírito obsessor  e  quando amplificados agem na hipófise  estimulando a produção de ACTH, hormônio estimulante da suprarrenal  que aumenta a produção de corticoides na circulação, levando a queda da imunidade  e produção de diversos fatores  os quais  agem nos neurônios, na área do humor, deprimindo e favorecendo a aceitação de novos pensamentos derrotistas e depressivos, pensamentos  tanto próprios como obsessivos. Os pensamentos se repetem, cria-se, então, um ciclo vicioso: os neurônios acostumam-se com o padrão das energias que estabelecem memória celular ou atavismo celular depressivo que passará a ser patrimônio aderido às células. Situação que poderá exigir medicação rigorosa visando quebrar o ciclo vicioso. O fenômeno mediúnico, como se sabe, está intimamente ligado à glândula pineal e esta glândula tende a reduzir a serotonina, daí se infere que a mediunidade não educada, ou seja, incorretamente desenvolvida tende a diminuir a serotonina favorecendo ao quadro depressivo. Seja doença ou sintoma da alma, o tratamento integrado com os conhecimentos espíritas será, sempre, de grande valia. No organismo há um equilíbrio entre adrenalina e serotonina, de tal forma que ao subirem excessivamente os níveis de adrenalina há uma correspondente queda de serotonina. Da mesma forma que o fenômeno mediúnico cursa com o aumento de adrenalina e tendência a baixa de serotonina, esportes radicais ou outras atividades, quando praticadas em exagero, elevam constantemente os níveis de adrenalina tendendo a baixa de serotonina e posterior favorecimento à depressão.

Somos seres milenares e trazemos em nosso inconsciente inúmeros registros de encarnações vividas. Nossa individualidade consta do conjunto de experiências estratificadas no inconsciente (reencarnações) e, muitas vezes, ocorre severo conflito do inconsciente com personalidade atual, isto é o consciente. Este conflito entre forças do inconsciente (individualidade) e consciência atual (personalidade) também pode ser uma das causas de depressão.

Com relação ao tratamento, dentro da nossa visão médica e espírita  enunciaremos abaixo os itens básicos, lembrando que cada qual poderia  ter um profundo  e minucioso detalhamento.

1-     Exercitar, no deprimido, a manifestação da afetividade, evidentemente, adequada ao grau de intimidade com as pessoas e não confundindo com postura libertina ou invasiva.

2-     Aceitar e compreender que algumas necessidades são irreais, ou temporariamente inatingíveis.

3-     Perdoar a si próprio e perdoar aos demais. Admitir que todos nós temos limitações, e as mesmas são transitórias. Banir do coração ressentimentos e rancores.

4-     Não fixar-se na culpa, herança judaico-cristã medieval.

5-     Conversas edificantes.

6-     Boa leitura.

7-     Boas amizades

8-     Estudo.

9-     Trabalho ou beneficência (sentir-se útil)

10-  Perceber que o orgulho está presente em si.

11-  Ingestão de água energizada (fluidificada)

12-  Sol.

13-  Alimentação sob orientação.

14-  Desobsessão, compreendendo a causa.

15-  Acompanhamento profissional médico e psicológico.

16-  Atendimento fraterno na casa espírita.

17-  Observar e sentir a Natureza.

18-  Perceber suas qualidades e seus valores.

19-  Desenvolver o otimismo.

20-  Sentir-se amado.

21- Compreender que o destino seu - e de todos nós - é a Felicidade e a Sabedoria. Somos oriundos de um Ser perfeito e nosso futuro, inexoravelmente, é a perfeição, serenidade, paz e felicidade.

 

Fonte: Federação Espírita Catarinense

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