O Livro dos Espíritos, um presente de Deus!

O Livro dos Espíritos desperta em cada um nós, que dele nos beneficiamos diariamente as mais efusivas homenagens pela passagem de mais uma data de aniversário de seu abençoado lançamento em 18 de abril de 1857, fato este que veio nos proporcionar inestimável contribuição para a nossa imprescindível e inadiável renovação ética e moral.

Importante recordar, que a primeira edição de O Livro dos Espíritos foi lançada em 1857, com apenas 501 questões formuladas por Kardec e respondidas pelos Imortais da Vida Maior. Somente em março de 1860, a 2ª e definitiva versão era publicada, contendo agora 1.019 questões, como podemos ver mais que duplicava o número de perguntas da edição anterior, além de notas, explicativas do codificador, abrangendo questões científicas, filosóficas e religiosas.

“Por sua natureza, a revelação espírita tem duplo caráter: participa ao mesmo tempo da revelação divina e da revelação científica”. ¹

Encontramos nele, referências a diversos ramos do saber, com conteúdo científico muito mais ampliado que o conhecimento da época do seu lançamento, em relação à evolução do reino mineral, vegetal, animal e hominal, trazendo ainda importantes e desconhecidas revelações sobre o espírito, iniciando dessa forma uma nova versão para a compreensão da evolução biológica e espiritual dos seres humanos, fadados à felicidade e a perfeição.

147. Por que é que os anatomistas, os fisiologistas e, em geral, os que aprofundam a ciência da Natureza, são, com tanta frequência, levados ao materialismo?

“O fisiologista refere tudo ao que vê. Orgulho dos homens, que julgam saber tudo e não admitem haja coisa alguma que lhes esteja acima do entendimento. A própria ciência que cultivam os enche de presunção. Pensam que a Natureza nada lhes pode conservar oculto.” ²

Com o advento de lançamento do livro dos Espíritos, tornou-se possível entender que somos seres em constate processo de evolução e aprendizado, em marcha ascendente como nos resumiram os Espíritos do “átomo ao arcanjo”, através das sucessivas encarnações. Faz-se oportuno ressaltar ainda que O Livro dos Espíritos foi um marco na difusão da reencarnação no Ocidente.

Mas há um capítulo que merece nossa mais dedicada atenção, pelo assunto que trata e que gostaríamos de destacar dentre todos os outros, também importantes contidos nessa incomparável obra, justamente o que trata das Leis Morais que nos esclarecem sobre a verdadeira finalidade de nossa existência como filhos de Deus, irmãos em caminhada evolutiva, conforme abaixo destacamos.

629. Que definição se pode dar da moral?
“A moral é a regra de bem proceder, isto é, de distinguir o bem do mal. Funda-se na observância da lei de Deus. O homem procede bem quando tudo faz pelo bem de todos, porque então cumpre a lei de Deus.”

630. Como se pode distinguir o bem do mal?
“O bem é tudo o que é conforme à lei de Deus; o mal, tudo o que lhe é contrário.
Assim, fazer o bem é proceder de acordo com a lei de Deus. Fazer o mal é infringi-la.”

631. Tem meios o homem de distinguir por si mesmo o que é bem do que é mal?
“Sim, quando crê em Deus e o quer saber. Deus lhe deu inteligência para distinguir um do outro.”

632. Estando sujeito ao erro, não pode o homem enganar-se na apreciação do bem e do mal e crer que pratica o bem quando em realidade pratica o mal?
“Jesus disse: vede o que queríeis que vos fizessem ou não vos fizessem. Tudo se resume nisso. Não vos enganareis.”

633. A regra do bem e do mal, que se poderia chamar de reciprocidade ou de solidariedade, é inaplicável ao proceder pessoal do homem para consigo mesmo. Achará ele, na lei natural, a regra desse proceder e um guia seguro?
“Quando comeis em excesso, verificais que isso vos faz mal. Pois bem, é Deus quem vos dá a medida daquilo de que necessitais. Quando excedeis dessa medida, sois punidos. Em tudo é assim. A lei natural traça para o homem o limite das suas necessidades.
Se ele ultrapassa esse limite, é punido pelo sofrimento. Se atendesse sempre à voz que lhe diz - basta, evitaria a maior parte dos males, cuja culpa lança à Natureza.” ³ 

Não podemos em hipótese alguma esquecer que o espiritismo é o Consolador Prometido por Jesus há 2015 anos atrás, e por isso mesmo, só pode ser entendido em conformidade com a ciência, pois foi o próprio codificador foi quem nos assegurou:

“Um último caráter da revelação espírita, a ressaltar das condições mesmas em que ela se produz, é que, apoiando-se em fatos, tem que ser, e não pode deixar de ser, essencialmente progressiva, como todas as ciências de observação. Pela sua substância, alia-se à Ciência que, sendo a exposição das leis da Natureza, com relação a certa ordem de fatos, não pode ser contrária às leis de Deus, autor daquelas leis. As descobertas que a Ciência realiza, longe de o rebaixarem, glorificam a Deus; unicamente destroem o que os homens edificaram sobre as falsas ideias que formaram de Deus.

O Espiritismo, pois, não estabelece como princípio absoluto senão o que se acha evidentemente demonstrado, ou o que ressalta logicamente da observação. Entendendo com todos os ramos da economia social, aos quais dá o apoio das suas próprias descobertas, assimilará sempre todas as doutrinas progressivas, de qualquer ordem que sejam, desde que hajam assumido o estado de verdades práticas e abandonado o domínio da utopia, sem o que ele se suicidaria. Deixando de ser o que é, mentiria à sua origem e ao seu fim providencial. Caminhando de par com o progresso, o Espiritismo jamais será ultrapassado, porque, se novas descobertas lhe demonstrassem estar em erro acerca de um ponto qualquer, ele se modificaria nesse ponto. Se uma verdade nova se revelar, ele a aceitará". 4 

Resta-nos agradecer a Deus nosso Pai Misericordioso, justo e bom, por esse divino presente, que Jesus e seus prepostos entre os quais Allan Kardec, nos trouxeram, em seu nome, para que nos sirva de roteiro de luz e felicidades, a nos guiar e projetar para frente e para o alto, levando-nos à conquista da vitória sobre nós mesmos, impulsionando-nos em direção ao estado de Espíritos Puros e relativamente perfeitos.  

1- Kardec, Allan. O Livro dos Espíritos, FEB. 76ª edição
2- Kardec, Allan. A Gênese, FEB. 36ª edição, cap. I item 13
3- Kardec, Allan. O Livro dos Espíritos, FEB. 76ª edição
4- Kardec, Allan. A Gênese, FEB. 36ª edição, cap. I, item 55. 
 

Fonte: Francisco Rebouças

Imagem: Internet

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