Os inimigos do Espiritismo

A doutrina espírita é tão Cristã, que nos ensina a seguir o seu criador, em todas as situações de nossas vidas, nos fazendo ver que o Cristianismo e o Espiritismo são uma só e a mesma coisa, e por isso mesmo, não admite comportamento diferente para seus legítimos seguidores.

Todos os preceitos trazidos por Jesus, no cristianismo da época em que ele aqui esteve, estão de volta na filosofia espírita moderna, codificada por um de seus maiores discípulos, que a seu serviço esteve com competência e dedicação a codificar o Consolador Prometido pelo Meigo Rabi da Galiléia, no Pentateuco espírita, a disposição de todos nós.

Até mesmo nos momentos em que somos atacados por falsas alegações de que praticamos atos indignos de um verdadeiro seguidor do Cristo, que fazemos uso da Feitiçaria e da Magia Negra; não nos dá o Espiritismo, direito de retribuir esses sacrilégios, senão com muita compreensão e o sincero despojamento de nosso egoísmo e orgulho, para entendermos que esses irmãos não têm ainda o menor conhecimento da verdadeira doutrina que professamos e seus postulados de paz, amor e caridade.

No Evangelho segundo o Espiritismo, Capítulo XXVIII, encontramos, a esse respeito, os ensinamentos que nos deram os Imortais da Vida Maior, conforme segue:

Pelos inimigos do Espiritismo

50. “ Bem-aventurados os famintos de justiça, porque serão saciados.

Bem-aventurados os que sofrem perseguição por amor da justiça, porque deles é o reino dos céus.

Ditosos sereis, quando os homens vos carregarem de maldições, vos perseguirem e falsamente disserem contra vós toda espécie de mal, por minha causa. - Rejubilai-vos, então, porque grande recompensa vos está reservada nos céus, pois assim perseguiram eles os profetas enviados antes de vós. (S. MATEUS, cap. V, vv. 6 e 10 a 12.)

Não temais os que matam o corpo, mas que não podem matar a alma; temei, antes, aquele que pode perder alma e corpo no inferno. (S. MATEUS, cap. X, v. 28.)

51. PREFÁCIO. De todas as liberdades, a mais inviolável é a de pensar, que abrange a de a de consciência. Lançar alguém anátema sobre os que não pensam como ele é reclamar para si essa liberdade e negá-la aos outros, é violar o primeiro mandamento de Jesus: a caridade e o amor do próximo. Perseguir os outros, por motivos de suas crenças, é atentar contra o mais sagrado direito que tem todo homem o de crer no que lhe convém e de adorar a Deus como o entenda. Constrangê-los a atos exteriores Semelhantes aos nossos é mostrarmos que damos mais valor à forma do que ao fundo, mais às aparências, do que à convicção. Nunca a abjuração forçada deu a quem quer que fosse a fé; apenas pode fazer hipócritas. E um abuso da força material, que não prova a verdade. A verdade é senhora de si: convence e não persegue, porque não precisa perseguir.

O Espiritismo é uma opinião, uma crença; fosse (1) até uma religião, por que se não teria a liberdade de se dizer espírita, como se tem a de se dizer católico, protestante, ou judeu, adepto de tal ou qual doutrina filosófica, de tal ou qual sistema econômico? Essa crença é falsa, ou é verdadeira, se é falsa, cairá por si mesma, visto que o erro não pode prevalecer contra a verdade, quando se faz luz nas inteligências. Se é verdadeira, não haverá perseguição que a torne falsa.

A perseguição é o batismo de toda idéia nova, grande e justa e cresce com a magnitude e a importância da idéia. O furor e o desabrimento dos seus inimigos são proporcionais ao temor que ela lhes inspira. Tal a razão por que o Cristianismo foi perseguido outrora e por que o Espiritismo o é hoje, com a diferença, todavia, de que aquele o foi pelos pagãos, enquanto o segundo o é por cristãos. Passou o tempo das perseguições sangrentas. É exato; contudo, se já não matam o corpo, torturam a alma, atacam-na até nos seus mais íntimos sentimentos, nas suas mais caras afeições. Lança-se a desunião nas famílias, excita-se a mãe contra a filha, a mulher contra o marido; investe-se mesmo contra o corpo, agravando-se-lhe as necessidades materiais, tirando-se-lhe o ganha-pão, para reduzir pela fome o crente. (Cap. XXIII, nº 9 e seguintes.)

Espíritas, não vos aflijais com os golpes que vos desfiram, pois eles provam que estais com a verdade. Se assim não fosse, deixar-vos-iam tranqüilos e não vos procurariam ferir. Constitui uma prova para a vossa fé, porquanto é pela vossa coragem, pela vossa resignação e pela vossa paciência que Deus vos reconhecerá entre os seus servidores fiéis, a cuja contagem ele hoje procede, para dar a cada um a parte que lhe toca, segundo suas obras.

A exemplo dos primeiros cristãos, carregai com altivez a vossa cruz. Crede na palavra do Cristo, que disse: "Bem-aventurados os que sofrem perseguição por amor da justiça, que deles é o reino dos céus. Não temais os que matam o corpo, mas que não podem matar a alma." Ele também disse: "Amai os vossos inimigos, fazei bem aos que vos fazem mal e orai pelos que vos perseguem. Mostrai que sois seus verdadeiros discípulos e que a vossa doutrina é boa, fazendo o que ele disse e fez. A perseguição pouco durará. Aguardai com paciência o romper da aurora, pois que já rutila no horizonte a estrela d'alva. (Cap. XXIV, nº 13 e seguintes.)

Em seguida, ensina-nos a rogar a Deus pelos inimigos de nossa doutrina, através da prece feita do fundo dos nossos corações, para que Deus lhes dê discernimento, e abra-lhes a visão e a compreensão para o entendimento de que somos também filhos do mesmo Pai de toda a criatura humana que o busca por outros meios e em outras correntes religiosas, para com as quais nós espíritas deveremos ter o maior carinho e respeito, independente de como somos tratados.

52. Prece. - Senhor, tu nos disseste pela boca de Jesus, o teu Messias: "Bem-aventurados os que sofrem perseguição por amor da justiça; perdoai aos vossos inimigos; orai pelos que vos persigam." E ele próprio nos deu o exemplo, orando pelos seus algozes.

Seguindo esse exemplo, meu Deus, imploramos a tua misericórdia para os que desprezam os teus sacratíssimos preceitos, únicos capazes de facultar a paz neste mundo e no outro. Como o Cristo, também nós te dizemos: "Perdoa-lhes, Pai, que eles não sabem o que fazem."

Dá-nos forças para suportar com paciência e resignação, como provas para a nossa fé e a nossa humildade, seus escárnios, injúrias, calúnias e perseguições; isenta-nos de toda idéia de represálias, visto que para todos soará a hora da tua justiça, hora que esperamos submissos à tua vontade santa”. ¹

Que busquemos por em prática os verdadeiros ensinamentos do nosso Mestre Maior, e seguirmos em paz e compreensão para com todos, haurindo na doutrina consoladora e esclarecedora que professamos a força necessária para vencermos este e qualquer empecilho que se apresente em nossa caminhada em direção aos cimos da espiritualidade superior.

Bibliografia                                                                                                            
1) Kardec Allan, O Evangelho Segundo o Espiritismo – FEB 112ª edição. Cap. XXVIII.

Fonte: Francisco Rebouças

Imagem: Internet

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