Sexo Visão Espírita

Sob a questão do SEXO:

Pergunta o jovem:

– E daí, Chico. sexo antes do casamento é proibido?
Responde o médium:
– Meu filho, nada é proibido. No entanto, sem amor, nada vale a pena, nem o sexo, nem o casamento.
Notável observação!

A Doutrina Espírita, proverbialmente, enfatiza a consciência livre.
Não há proibições, considerando-se que a responsabilidade é uma planta frágil que só cresce em regime de liberdade.
Isso não consagra a ideia do liberou geral, já que tudo o que fizermos, dentro dos princípios de causa e efeito que nos regem, terá uma consequência.

Tenho a liberdade de fazer o que me aprouver, mas sempre responderei por minhas iniciativas.
Digamos, caro leitor, que desfrutamos todos de uma liberdade vigiada.
Os deslizes de comportamento fatalmente resultarão em cobranças, não na forma de punições divinas, mas de reações de nossa própria consciência, considerando que fomos programados para o que é certo, justo, verdadeiro.

O mal será sempre um desvio transitório de rota, com retorno obrigatório aos caminhos do Bem.
Em última instância, temos a liberdade de fazer exatamente… o que Deus espera de nós!
Tudo o que não for compatível com os desígnios divinos resultará em males tendentes a corrigir nossa rota.
Detalhe importante: as cobranças serão tanto mais severas quanto mais desenvolvido o Espírito em conhecimento, quanto mais amadurecido, mais capaz de distinguir o certo do errado, o Bem do mal.

Com relação à vida sexual, operou-se na década de sessenta, no século passado, uma revolução nos países ocidentais.
Vão longe os tempos em que sexo era considerado algo de pecaminoso, a ser exercitado apenas para a procriação, conforme ensinavam os manuais religiosos.

Vale lembrar que o dogma da virgindade perene de Maria foi inspirado nessa idéia. Como, argumentavam os teólogos, poderia a mãe de Jesus, personificação da pureza, ter se dado ao desfrute de uma relação sexual?
A forma de contornar essa dificuldade foi o dogma da virgindade perene de Maria. Não teria coabitado com José, mantendo-se casta.
Havia um problema: nos Evangelhos há referência aos irmãos de Jesus.
Resolveu-se a pendência com a ideia de que José tivera filhos de um casamento anterior, ou seriam apenas primos seus.
Não há limites para a fantasia quando renunciamos à lógica e ao bom senso.

Para o Espiritismo a atividade sexual não tem nada de pecaminosa.
É por ela que viemos ao Mundo.
É graças a ela que as espécies subsistem.
O problema para os teólogos estaria no prazer.
Sem prazer não haveria excessos, viciações, desajustes, paixões avassaladoras, traições…
Em contrapartida, estaria ameaçada a sobrevivência humana!

Já pensou, leitor amigo: sexo burocrático, frio, apenas para perpetuar a espécie?
Na realidade, o que compromete o relacionamento sexual são os excessos.
Sexo, na atualidade, deixou de ser parte do amor, convertendo-se em sinônimo dele.
Quando o jovem fala em fazer amor, expressão lamentável, está se referindo à prática sexual, como se
o amor fosse sexo e não parte dele apenas.
E sem amor, como diz Chico, nada vale a pena, nem mesmo o sexo!

Do livro Rindo e Refletindo com Chico Xavier, volume II

O Livro Gênese, do Velho Testamento, mostra claramente que, a simbólica perda do paraíso, foi ocasionada pelo pecado de Adão e Eva ter experimentado O FRUTO DA ÁRVORE DA CIÊNCIA (CONHECIMENTO) DO BEM E DO MAL (Gênese, 2:9). Mais tarde, os teólogos encasquetaram que o pecado exercitado pelo casal se tratava de sexo, mais exatamente o prazer sexual. Sexo, portanto, passou a ser sinônimo de pecado. Quanto maior o prazer, maior o pecado. Os casais deveriam estar convenientemente vestidos, evitando a sensualidade pecaminosa; não era prudente casar-se com mulher muito bonita, porque aumentava o desejo; carícias sensuais nem pensar! Era mais prazer pecaminoso. Tomás de Aquino (em Súmula Teológica) leva aos extremos a ideia, proclamando que o homem que ama a esposa com muita paixão transgride o Bem do casamento e pode ser rotulado de adúltero; Agostinho (em Solilóquios), afirma que nada afasta mais o homem das alturas do que os carinhos da mulher e aqueles movimentos do corpo, sem os quais ele não pode possuir sua esposa. Os teólogos buscavam fórmulas para que o sexo, que não podiam proibir, sob pena de extinguirem a raça humana, fosse diminuído na vida familiar e exercitado não como parte da comunhão afetiva, mas exclusivamente para a procriação. O sexo era proibido aos domingos, dias consagrados ao Senhor; no jejum de quarenta dias, antes da Páscoa; vinte dias antes do Natal; dias antes de Pentecostes; três ou mais dias antes de receber a comunhão; durante o período menstrual, semanas entes e depois do parto. Quanto menos tempo disponível, menos pecado. Para conter os fiéis apregoava-se que o sexo nos períodos proibidos gera filhos deficientes físicos e mentais e doenças como a lepra e a tuberculose.

ENTÃO, O SEXO DEVE SER LIVRE?

O sexo sempre foi livre e deve ser livre. Portanto, não devemos concordar com a promiscuidade e a vulgaridade com que ele é exercido, mas à liberdade com responsabilidade, mediante a consciência da sua finalidade. Hoje a mente das pessoas está no sexo; é a cabeça sexual. O estômago, quando se come demais, tem indigestão. Qualquer órgão de que se abusa, sofre o efeito imediato. O problema do sexo é a mente. Criou-se o mito que a vida foi feita para o sexo, e não o sexo para a vida. Depois da revolução sexual dos anos 60, o sexo saiu do aparelho genésico e foi para a cabeça. Só se pensa, fala respira sexo. E quando o sexo não funciona, por exaustão, parte-se para os estimulantes, como mecanismos de fuga, o que demonstra que o problema não é dele, e sim, da mente viciada. Se o problema fosse do sexo, as pessoas ‘saciadas’ seriam todas felizes, o que, realmente não acontece. Ou a criatura conduz o sexo, ou este a arruína. Ou se disciplina o estômago, ou se morre de indigestão.

SEXO É AMOR?

Não, sexo é um fenômeno biológico de atração magnética, porque os animais o praticam e não se amam. O amor é um sentimento, o sexo é um veículo de sensações. Quando irrigado pelas superiores emoções do amor, ele ilumina a alma e, sem o tempero santificante desta emoção, ele atormenta o Ser.

E O SEXO ANTES DO CASAMENTO?

A sugestão ao jovem espírita é a atitude casta. Uma atitude casta não quer dizer isenta de comunhão carnal, mas sim, de respeito, de pureza. Deve-se colocar o amor acima do sexo, porque quando o sexo é moralizado pelo amor, sabe-se quando, como e onde atuar. Quando mencionamos castidade, não nos referimos à abstinência total e absoluta, mas ao respeito. Um casal que se respeita vive castamente. Amem, e o amor dirá o que fazer. Se tiverem o sexo pré-conjugal, procurem honrá-lo através do matrimônio. O Espiritismo nos ensina a “amar a Deus acima de tudo e ao próximo como a si mesmo”. Temos que nos amar, e a melhor maneira é a de nos respeitarmos. Portanto, sexo, sim, mas, amor também. Amor com responsabilidade. Sexo com responsabilidade, assumindo-se as conseqüências: filhos, compromissos com o parceiro(a) até quando possível, para evitarmos dramas piores com a separação. Portanto, sexo não é um ato pecaminoso, errado ou sujo; o erro está na maneira que, algumas pessoas, fazem uso dele. Dúvidas sobre o assunto? Leiam o livro “VIDA e SEXO”,psicografado por Francisco Cândido Xavier, com ensinamentos do Espírito Emmanuel.

Fonte: https://verdadeluz.com.br/sexo-visao-espirita/

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