Cairbar de Souza Schutel

Nascido na cidade do Rio de Janeiro em 22 de setembro de 1868, Cairbar de Souza Schutel  era filho do casal Anthero de Souza Schutel e Rita Tavares Schutel. Sendo sua família católica, Cairbar foi batizado aos sete anos de idade e logo aos nove ficou órfão de pai e seis meses depois sua mãe também desencarnou.

Seu avô, Dr. Henrique Schutel assumiu sua criação e interessado na sua fromação educacional matriculou o garoto no Colégio Nacional e posteriormente no colégio D. Pedro II, onde estudou por dois anos.

Após este período, Cairbar resolveu abandonar os estudos e a casa do avô para trabalhar como prático em farmácia. Sendo muito dedicado e inteligente, aos 17 anos já era um profissional respeitado. Nesta época decidiu deixar o Rio de Janeiro e foi para São Paulo, primeiramente estabelecendo-se em Piracicaba, depois passou por Araraquara até finalmente chegar a Matão.

Nesta época aquela localidade era muito pequena e contava com poucas casas, praticamente toda a economia do lugar dependia de Araraquara, município ao qual estava vinculada. 

 Caíbar começou a trabalhar para que Matão se tornasse município e não só alcançou seu objetivo, como foi o seu primeiro prefeito, sendo reeleito no ano de 1900.

Cairbar, já estabelecido em Matão, passou ter sonhos constantes com seus pais, intrigado com este fato buscou um padre para dizer o que eram aquels sonhos, não satisfeito com as explicações do padre, buscou Manoel Pereira do Prado, conhecido como Manoel Calixto, que o conquistou para a Doutrina Espírita através de uma mensagem mediúnica de elevado teor espiritual.

A partir desta acontecimento Cairbar passou a dedicar-se ao estudo do Espiritismo e logo após estar compenetrado do conhecimento das obras básicas fundou em 15 de julho de 1904 o Centro Espírita Amantes da Pobreza, mas ele não parou por aí, em agosto de 1905, lançou o primeiro exemplar do jornal O Clarim, que continua sendo publicado até hoje.

Também em 1905, no dia 31 de agosto, casou-se com Dª. Maria Elvira da Silva e Lima, mais conhecida como Mariquinha, sua companheiro amorosa de todas as horas e que faleceu pouco tempo depois vítima de hanseníase.

No desenrolar de seu trabalho em Matão, Cairbar enfrentou muitos obstáculos, logo nesta época ele começou a enfrentar a oposição do padre local, que juntamente com o delegado fecharam o centro espírita e começaram a fazer campanha para que ninguém comprasse na farmácia do "herege".

Cairbar no entanto não se deixou intimidar, respaldado na constituição de 1891, foi a praça pública protestar contra tamanho desrespeito, o padre juntou uma caravana para abafar o discurso de Schutel, mas ele prosseguiu e acabou conquistando o apoio de pessoas importantes da cidade, que declaram seu apoio a Cairbar, o sacerdote acabou tendo que dispersar seus seguidores e Cairbar saiu vitorioso deste embate.

Além do centro espírita, a casa de Cairbar também se tornou ponto de atendimento dos necessitados físicos e espirituais. Diariamente muitas pessoas o procuravam em busca de comida, roupas, receitas e remédios, que ele distribuía gratuitamente, além do conforto e da orientação espiritual.  E em 1912, ele alugou uma casa maior para poder prestar melhor atendimento aos que o procuravam.

 No dia 15 de fevereiro de 1925, lançou o primeiro número da "Revista Internacional de Espiritismo". Foi também pioneiro no lançamento de programa espírita pelo rádio, pois em 19 de agosto de 1936 inaugurou, pela PRD-4 Rádio Cultura de Araraquara, uma série de palestras dominicais chamadas de "Conferências Radiofônicas" que mais tarde publicou num volume de 206 páginas. Como jornalista escreveu muito. Durante muito tempo manteve uma seção de crônicas e reportagens no "Correio Paulistano" e na "Platéia", antigos órgãos da imprensa leiga.

Cairbar também foi um escritor de grande destaque, sua bibliografia é bastante vasta, assim como os assuntos sobre os quais escreveu que estão contidos em livros como: Espiritismo e Protestantismo, Histeria e Fenômenos Psíquicos, Médiuns e Mediunidade, Materialismo e Espiritismo, entre muitos outros.

Para publicá-los ele adquiriu máquinas, papel, tinta, cola e outros insumos para impressão, procurando escolher sempre material de primeira categoria. Desse esforço surgiu a Casa Editora O Clarim,  onde além dos seus próprios livros, foram publicados mais de cem títulos de obras de autores, encarnados e desencarnados.

Escreveu, entre 1911 e 1937, os seguintes os livros:

  •     O Batismo
  •     Cartas a Esmo
  •     Conferências Radiofônicas
  •     Histeria e Fenômenos Psíquicos
  •     O Diabo e a Igreja
  •     Espiritismo e Protestantismo
  •     O Espírito do Cristianismo
  •     Os Fatos Espíritas e as Forças X...
  •     Gênese da Alma
  •     Interpretação Sintética do Apocalipse
  •     Médiuns e Mediunidades
  •     Espiritismo e Materialismo
  •     Parábolas e Ensinos de Jesus
  •     Preces Espíritas
  •     Vida e Atos dos Apóstolos
  •     A Questão Religiosa
  •     Liberdade e Progresso
  •     Pureza Doutrinária
  •     A Vida no outro Mundo
  •     Espiritismo para Crianças

Após uma curta enfermidade, Cairbar Schutel desencarnou na sua querida cidade de Matão, em 30 de janeiro de 1938, deixando um legado de fé, coragem, determinação e entusiasmo pela Doutrina Espírita e pela sua correta divulgação. O seu exemplo continuando ecoando até o dia de hoje, inspirando não só os continuadores de seu trabalho na Editora O Clarim, mas a todos aqueles que trabalham em prol da causa espírita.

Algumas comunicações mediúnicas dão conta que o Espírito Cairbar Schutel está, no mundo espiritual, encarregado pela divulgação do Espiritismo na Terra, continuando no plano espiritual o magnífica trabalho iniciado em sua última encarnação.

 

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